domingo, 28 de fevereiro de 2010
Adeus Tia
Chegou a tua hora.
Há muito que este dia se anunciava, já há anos que ias ficando cada vez mais ausente deste mundo, apenas um leve e frágil fiozinho te prendia ainda a este mundo, enquanto o teu corpo frágil ia definhando, encolhendo até quase desaparecer. Nos últimos tempos a tua pele foi perdendo as rugas, ficando lisa e adquirindo um ar quase angélico ...
Muitas vezes não conseguia entender se me estavas a reconhecer, ou se o teu olhar passava através do meu corpo, focando-se no infinito e em lado nenhum.
Hoje no dia a seguir á tua última viagem, muitas recordações trespassaram o meu consciente, puxando-me por breves momentos para ocasiões passadas, momentos fugazes escondidos nas profundezas das minhas memórias, que eu julgara já perdidos.
Chamavas-te Zézinha e foste Zézinha a vida inteira, até mesmo agora que já eras tão velhinha.
É verdade que nunca queremos pensar nisso, mas a morte é afinal de contas a única certeza que transportamos na vida e agora foi a tua vez, da mesma forma como um dia será a minha.
Guardo de ti uma recordação carinhosa, contigo partiu também mais um bocadinho de mim, que já não volta mais.
Adeus Tia Zézinha ... até sempre.
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